segunda-feira, 25 de abril de 2011

Antenada, eu?

Mudando completamente o assunto de pato pra ganso (que assunto mesmo?), enfim, gostaria de compartilhar minha experiência como mais nova usuária de um “tablet android”.
Uma movimentação secreta aconteceu pelas minhas costas aqui em casa. Marido e filhos pesquisaram e juntos chegaram à idéia do meu presente de aniversário: um Samsung Galaxy Tab. Haviam pensado em um notebook, mas analisando as tendências e meu uso, decidiram pelo tablet.
Devo confessar que um notebook seria mais um aparelho aqui em casa, pois cada um dos 3 filhos tem o seu, de acordo com suas necessidades e gostos. Meu desktop está afinadíssimo para edições de vídeo e áudio, parrudo mesmo, portanto teria que ser um dispositivo portátil, que me permita laser, única e exclusivamente laser. O que não impede que tenha várias utilidades práticas como poderemos constatar daqui pra frente.

É necessário que eu abra um parêntese aqui para explicar que nosso convívio aqui em casa com os computadores vem de longe, muito longe mesmo. As crianças (?) começaram a “brincar” em computadores antes mesmo de aprenderem a ler e escrever direito. Graças aos jogos do tipo RPG, por exemplo, como o Police Quest, Indiana Jones, The Day off Tentacle e outros muitos da década de 80 para microcomputadores da linha Apple, Apple II e MSX, eles aprenderam inglês sozinhos – claro, estes joguinhos eram todos em inglês e requeriam intervenção do jogador interpretando as frases dos personagens e escrevendo ordem e decisões – usando dicionários principalmente.
Quando a Gradiente lançou no Brasil a linha MSX inovou de maneira sensacional com os famosos cartuchos com programas. Muito mais fácil ensinar a enfiar o cartucho no encaixe da CPU como nos videogames (megadrive ou Atari) do que explicar as manhas de se usar os disquetes de tamanho 5 ¼ nos drives externos, ou ainda ter paciência para “carregar” um game de uma fita cassete – sim aquelas que usávamos para gravar músicas – com toda precisão no volume e tal, para que aqueles ruídos ensurdecedores fossem interpretados pelo CPU e transformados miraculosamente no tão esperado game.
Aí chegou o PC. Ah o PC, o velho XT. “Vixi” como era diferente o bicho. Os disquetes continuavam grandes, claro, mas o drive agora vinha incorporado no gabinete (slim).
Toca reaprender comandos, teorias, usar os recursos da maravilhosa memória de 64kb (e era muito mesmo). Monitor de fósforo verde ou o novíssimo âmbar (um laranja feio que dói, RS). E mudam os joguinhos, e procuram-se os aplicativos que agora começavam a ser traduzidos. E seguiram-se 0 PC 286, 386, 486, 586 (que já nasceu morto quase) e vieram os Pentium 160 e aqui estamos nós com a geração dos processadores i3, i5, i7 e outros.
Isso ainda sem falar nos “acompanhamentos” que vinham junto de tudo isso: mouses, impressoras, cabos de diferentes padrões e conectores, monitores, gabinetes, etc...
Hoje tenho uma sucata valiosa. Ainda “vivos” Apple, MSX, TK85, TK90, TK2000, TK3000, vários acessórios como mouses, joysticks, monitores, fontes, drives. Já dissemos que vamos montar um museu e olha que tudo funciona!
Bom, que rodeio precisei fazer para entrar no assunto do tablet. Mas era preciso, para que vocês entendam que minha relação com o assunto é bem fundamentada. E mesmo assim, é uma novidade que proponho compartilhar aqui com vocês.
Estou realmente conhecendo, reaprendendo (mais uma vez e com certeza não a última) e aos poucos descobrindo utilidades e futilidades (por que não?) que quero passar aqui.
Existem dezenas, milhares talvez de blogs sobre o assunto. A maioria absolutamente técnica, sem o ponto de vista do usuário que vai errar, instalar e desinstalar coisinhas até deixar “redondinho” seu mais novo brinquedo.
Proponho, inclusive, que se voce tem um tablet ou android, seja parceiro deixando nos comentários sua experiência. Vou abrir um espaço para que coloquem sua experiência aqui também. Caso tenha aceitação, abrirei um local para postagens direto, mediante moderação, óbvio... É assim que a gente aprende, ouvindo dicas, recebendo orientações, errando, “danando” e tendo que resetar tudo no aparelho pra que possa dar certo alguma coisa.
Nesta área é preciso arriscar e principalmente ter a consciência que vai precisar refazer tudo caso nada mais funcione. E “vamo que vamo”.

Vamos aprender juntos?

No próximo post a análise sob o ponto de vista do consumidor leigo, maravilhado por uma nova tecnologia.

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