sábado, 11 de junho de 2011

E era uma vez, foi assim que começou...

O mês era agosto. Mês do folclore, tradições, crendices.
Quando a gente pensa no assunto vai sendo levado por um mar de sentimentos que remetem às lembranças da mais remota infância. As estórias que repassamos a vida toda, que recordamos e nem sabemos mais quem contou, onde começou, até onde é verdade e a partir de onde começa o sonho.
Ficam guardados nas gavetinhas da memória que nosso cérebro tão bem gerencia, tal qual o mais perfeito dos computadores, o mais fiel.
Estranho como um cheiro, um tato, uma imagem se associam imediatamente a um momento, um instante congelado no tempo que a gente jura que não estava lá até um segundo atrás.
O cheiro de incenso reinava absoluto na área da exposição folclórica, setor dedicado aos orixás, candomblé, umbanda. As réplicas das vestimentas nos manequins que pareciam respirar e prontos para sair andando a qualquer momento, tão perfeitos, foram dispostas de tal forma que voce se via no centro delas quando se dava conta.
E foi ali, neste clima, parece que protegidos pelos orixás, abençoados mesmo, que tudo começou.
Ele me olhou com o céu e o mar nos olhos, tão azul que são, tímido, enxergou minha alma ansiosa e mandou um trocadilho com meu nome: "vamos namaura?" E respondi outro com o nome dele: "eu namario".
Era 27 de agosto 1972.
Hoje temos uma familia maravilhosa. Realmente fomos abençoados.
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