Opinião: Como estar só entre 7 pessoas!

Festa eletrônica, cheia de criatividade e tecnologia dos garotos Junior Lima e Amon-Ra Lima com o Crossover. Os mascarados, felizardos, adentraram a casa aguçando a curiosidade dos confinados e nos brindaram de alguns poucos momentos de alegria espontânea.
O grupo de mascarados procurou, na verdade, entreter o pessoal, levando-se em conta também o número reduzido de pessoas para uma festa, no verdadeiro sentido da palavra, e  gente nova no pedaço diferente daqueles que se cruzam na casa 24 horas, agora, insuportáveis, monótonas. Mas ficaram pouco, claro, para não correrem o risco das revelações. Entre eles Fê Paes Leme, Beth Lago, Monique Evans. Eles foram logo embora, uma meia hora creio eu. 
Aí, resolvi ter uma idéia melhor do clima e coloquei o PPV no canal de multicâmeras.
Procurei nos quadrantes os personagens que ora compõem este quadro, e eis que me peguei numa constatação perturbadora. Dicesar, para se divertir, rir, curtir alguma coisa feliz, tem que estar retirado do grupo, separado, quietinho no canto dele. Dançando sozinho, interagindo com o Dj. Minutos com o Serginho o fizeram tão feliz, arrancaram dele risadas tão espontâneas que deu dó. Enxerguei uma situação que não tinha reparado ainda, e entendi o por quê de sua melancolia atual. Ele é excluído pelo grupo, inconscientemente, mas é.
Fernanda, em um raro momento de humanidade, o afaga e lhe dirige palavras carinhosas, e ele não esperava. Retribuiu os confetes dela e se retirou para seu quadrado. E então, inesperadamente, me peguei derramando uma mesma lágrima que escorria no rosto dele. Impossível não sentir a solidão que ele sentiu naquele momento. Inexplicavelmente, passou da tela para minha sala e me peguei enxugando uma lágrima.
Enquanto todos os outros dançavam, compartilhavam, ele se retira e observa. Só observa.
Juro, não esperava, mas deu dó. Comoveu. A imagem fala por si. Pena que não consegui o close das lágrimas silenciosas, mas eis o seu isolamento.