Fica Dicesar!

Este blog prima pela imparcialidade, é fato, desde o primeiro BBB.  Não preciso adotar um participante para mantê-lo no jogo ou excluir os outros, como justificativa estratégica.
Até o BBB8, pelo menos, o Poletim levava aos leitores que não podiam acompanhar em tempo real, do trabalho por exemplo, uma posição do que acontecia na casa a cada instante,  papel jornalístico mesmo, sem predileções, mas claro esboçando um comentário aqui ou ali, quando se fazia necessário e conveniente.
O twitter, na minha opinião, dinamizou tanto o jogo que fez perder o blog o seu papel informativo, pela rapidez de comunicação, pela dimensão da um tt. Ter um blog para cobir o BBB10 é um desperdício, concluo. Não informa mais com a eficiência que se propunha antes.
Mas pelo menos este espaço é meu. Como aquela criança, dona da bola de futebol, que a arranca dos pés dos adversários e a protege embaixo do braço com a famosa frase “a bola é minha, e quem marca o gol sou eu, ou não brinco mais”.
Não há como não observar o Dicesar nesta reta final.
Me pego pensando: o que leva os outros a falarem que ele é falso, leva-e-traz? O que ele fala ou faz, todos ali dentro também fazem. Sua política de boa vizinhança é que incomoda. Quando alguém se declara “inimigo” de outrem, espera desta pessoa reações, as quais lhe dão sempre as razões para continuar batendo na tecla. Ele não faz isso.
Um jogador que, arriscando sua própria sobrevivência no jogo, se arrisca como o mocinho da trama da novela, atirando-se na frente da bala para proteger a moçoila. Assim ele fez com Anamara. Ela não percebeu a grandeza desta gesto, e acredito jamais perceberá. Ela é pequena demais para isto. Não saberá jamais agradecer um momento de solidariedade onde só caberia a luta pela sobrevivência, pela corrida ao prêmio final.
Todos ali são “amiguinhos”, mas não piscam quando o assunto é a sobrevivência no jogo, votam mesmo, se esforçam mesmo, tiram da frente quem os atrapalhe. Dicesar não consegue.
Ele não vê o outro como inimigo, embora sinta na pele as consequências.
Sua honestidade absoluta de sentimentos o traiu hoje, quando imaginou estar desclassificado por um erro que ele não cometeu. Estava sim sonolento, como Cadu. Piscava forte, como o outro, mas não chegou a dormir como o Marcelo, que se traiu ao abrir a porta do carro na hora errada, pelo susto da volta do sono traiçoeiro, acordado por Cadu. E foi claro demais, mesmo sem câmeras diretas, pudemos ver e sentir isso. Nos foi mostrado.
Na minha opinião, o grande erro da produção foi esta prova. Aliás, em todas as edições aconteceram os erros da produção, mas este foi demais. Qual foi? Comunicar uma eliminação sem citar nome do eliminado. Dicesar, do alto de sua honestidade e medo de estar errado – sim, porque sempre ele está errado, não é? – acreditou ser ele o eliminado e não pensou duas vezes para se redimir, saiu do jogo. Era dele. Ele estava muito mais inteiro do que Cadu.
Desta vez não vou ficar acomodada a ponto de todos os meus prediletos, favoritos ao prêmio, saírem por aquela porta, como nas outras edições. Chega. Sergio, quem é mesmo?
Não concorda? Comenta, educadamente, que o espaço é para isso. Concorda? Então vota!
Fica Dicesar!